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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Emoções e alimentação: feedback

Escrevi aqui, há seis dias, sobre a minha alimentação basicamente orientada pelas minhas emoções. No dia seguinte, comecei um diário alimentar, conforme havia proposto a mim mesma, com o fim de entender melhor como esse processo funcionava.

O dia seguinte era um domingo, um dia mundialmente famoso pela dificuldade de se manter qualquer dieta, mas, como meu intuito era entender sobre minhas variações emocionais, foi um momento perfeito para começar minhas notas. Neste domingo, fiz cinco refeições (café da manhã, almoço, lanche da tarde 1, lanche da tarde 2 e ceia), e todas elas de forma não-racional. E por não-racional quero dizer: sem que tenham sido escolhas embasadas na qualidade, no valor nutricional ou calórico dos alimentos; foram escolhas com base naquilo que me apetecia mais, nas quantidades que me aprazia (embora com a dieta em mente), mas principalmente baseadas em itens que me preenchiam mais (emocionalmente) naqueles determinados momentos. Por exemplo, trocar o jantar por um lanche, que chamei de lanche da tarde 2, claramente foi, na minha vida, até hoje, uma forma de me permitir uma desacelerada ao se aproximar o fim do dia; é como se o café com leite e pão (ao invés de uma salada, arroz e peixe) me relaxasse mais, talvez me remetendo a algum momento da minha infância (me lembro que fazia isso nas tardes de estudo, lá pelos meus 10, 11 anos), ou quem sabe preenchendo o vazio do cair o dia, como que me acolhendo, da mesma forma como a minha ceia (Nescau) certamente me remete a minha primeira infância. A observação disso tudo foi extremamente relevante para mim, que passei uma vida adulta buscando me alimentar de forma mais saudável e sem entender ao certo porquê praticá-la era tão difícil.

Nos dois dias que se seguiram (uma segunda e uma terça-feira), pude continuar meu diário já de volta à minha rotina, o que, eu já sabia, facilitaria muito meu autocontrole. Minha principal observação nestes dias foi meu hábito de me alimentar a cada duas horas, um pouco por vez, e tenho escutado de profissionais que isso é bom :)  Tive sucesso neste dois dias também porque RESISTI AO NESCAU NOTURNO!!!!!! Uhuuuuuuuuuuu Vitória sobre o Nescau --> considero, inclusive, vitória sobre o doce, sobre a gordura ruim do leite semidesnatado (que eu consumia) e sobre meu colesterol do mal!!!!

Agora preciso dar a César o que é de César: tudo isso, inclusive o fato de eu estar escrevendo essa historinha aqui, com a ajuda da minha coach deusa Gabi Sayago, cujo texto sobre gratificação imediata tem me inspirado muito. Também por indicação dela, encomendei o kit semanal de refeições da Detox Market, que chegou na quarta-feira, e que tenho usado até hoje, sexta-feira. É um kit sem segredos: um café da manhã com fruta, leite vegetal, granola, pãozinho, geleia, café; barra de cereal ou fruta como lanchinho; almoço com salada (sem azeite) e um prato quente de tamanho médio; e jantar com sopa --> tudo sem exageros para mais ou para menos, a meu ver. E tem dado muito certo! Digo, dado certo para que eu aprenda a controlar a mim mesma no momento das refeições, e para que possa ter ideia das bases de uma alimentação saudável. Tem dado certo, inclusive, na balança: já perdi dois dos meus quatro odiados quilinhos a mais! Mas o mais importante não é isso!

Não há kit alimentar na galáxia que possa controlar emoções, ou preencher vazios, ou que possa, por si só, remeter a momentos de prazer ou aconchego. Isso tudo está dentro da nossa cabeça. A alimentação precisa estar dissociada de tudo que passa por dentro da gente. E essa observação da minha própria atitude me fez pensar que, juntamente com essa avalanche de propagandas de alimentos saudáveis, de academias de ginástica, com a maior promoção da saúde e com a abundância de informações nutricionais ou sobre cirurgias plásticas que temos atualmente, falta o incentivo à busca de um profissional que auxilie no processo da reeducação alimentar como reflexo de uma reeducação diante da vida, que segure na mão e ajude cada um a entender qual o maior desafio de suas jornadas, que ajude a encarar seus maiores e mais temidos monstros.

Tenho visto e conversado com muitas pessoas que reconhecem os benefícios de uma alimentação balanceada e da prática de exercícios físicos, mas a quem falta "algo" para pôr estes objetivos em prática, assim como faltou a mim. No meu caso, esse "algo" é autoconhecimento, autocontrole e autoestima até. Interessante que descobri isso num clique, num insight, como se a alimentação fosse apenas um pretexto para eu dar um grande passo na minha vida, e é isso o que resultou de mais sensacional do meu diário alimentar... Mas já estou divagando e entrando em outro assunto... Sobre o qual eu ainda volto aqui pra falar...

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