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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Recomeço

O Carnaval ainda não chegou, mas eu já estou com a sensação de recomeço. As férias dos meus filhos foram também as minhas férias. Não aquele tipo de férias de papo pro ar, tipo spa, relaxante, sombra e água fresca à beira da piscina. Não. Tive férias da rotina leva-e-busca da escola, afazeres domésticos, jantar-banho-cama nos meninos. Foram dois meses intensos com meus filhos, mas totalmente fora da rotina: chocolate e gordura trans permitidos, dormiram tarde, passearam e brincaram bastante. Ficamos grudados o tempo todo. Foi ótimo.

Contei aqui que fomos todos esquiar; voltamos no fim de janeiro. Na volta, os meninos quiseram passar alguns dias na praia. Levei. E cheguei hoje. Hora de recomeçar. As aulas deles só se iniciam no dia 15.2, depois da semana do carnaval! Longas férias... Mas para mim, as férias já foram suficientes. Estou com fôlego para encarar tudo de novo, recomeçar outro ciclo de atividades necessárias/saudáveis (escola, cardápio legumes e frutas, horários fixos etc etc) mais uma vez, por mais um semestre. 

Descansei muito a cabeça nesses dois meses. E fiz o que mais amo: fiquei muito tempo, e de forma muito intensa, com a minha família. Mas estou louca para dedicar tempo a mim mesma. Voltei com vontade de aprender uma língua nova, fazer um curso, aprender mais sobre o ser humano, fazer mais exercícios físicos, aproveitar mais meus talentos, gerar mais valor para o mundo.

E uma satisfação nova apareceu em mim: apesar dos meus meninos estarem ainda com seis e quatro ano (ainda são pequenos), já me sinto tendo completado uma fase da vidinha deles. Já dá pra ver 'os resultados' de um trabalho árduo e intenso dedicado à sua criação nos primeiros anos. São crianças de ouro, se tornaram tudo o que eu queria: olhares meigos, olhares felizes, sorrisos constantes, palavras doces, abraços apertados. Era isso que eu mais queria. O menor é ainda manhoso, chorão; o maior precisa aprender melhor a se comportar em público. Ainda não tomam banho sozinhos, se desconcentram, demoram 'horas'. O menor tem dificuldade de dormir sozinho; preciso ficar ao lado até ele pegar no sono. O maior ainda não tem noção de maldade, é ingênuo demais. E daí? E daí tudo isso? Estou atenta, e no processo   de ensinar, e chego lá, em cada uma dessas questões. Mas o principal, na minha mais íntima e genuína concepção: são crianças boas, felizes, e aprenderam cedo a ver a vida cor-de-rosa, cheia de momentos gostosos, sorriem com facilidade. Sentimento de missão cumprida.

Vem primeiro semestre! Vem vida.




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